Era uma tarde,
tarde sem cor.
O vento varria
a rua sem cor.
Era uma tarde,
tarde sem cor.
Tuas pintas surgiram,
adeus, pudor.
Pareciam estrelas,
me pus a contar.
No céu infinito,
quis viajar.
Era uma tarde,
tarde sem cor.
O perigo rondava,
um grande temor.
Era uma tarde,
me pus a pensar:
só se morre uma vez,
por que não tentar?