Há um abismo escondido no meu peito,
um eco que grita mesmo quando tudo parece silencioso.
É como carregar um oceano dentro de um copo:
cheio, transbordando… e ainda assim seco.
Rodeado de rostos, sinto apenas sombras.
O mundo fala, mas o som não me alcança.
O vazio me abraça com braços frios
e sussurra que não há fuga.
Às vezes, sonho com alguém
que traga luz para essa escuridão,
que plante vida onde só existe inverno.
Mas sei que certas feridas
nascem para nunca cicatrizar.