O teu fulgor todo o meu ser abraça,
E uma mágoa no peito vai morrendo,
És luz, clarão que vem e nunca passa,
Pelos ínvios caminhos vou lhe vendo...
Deixai tombar sobre a minh\'alma a graça
Do teu poder que sempre vai crescendo,
Como uma ave no ocaso que esvoaça,
Tu que és bendito e os lírios vai tecendo...
Das brumas de pavor e de mistério
Me tiraste quando ias caminhando
Sem cântico de lira e de saltério...
Longe do horto que levas ao inferno,
Assim eu sigo de giolhos buscando
Eterna a morada do Pai Eterno...
Thiago Rodrigues