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Eliza

Memórias de um raio de sol

Em minha memória só restou o esboço do teu rosto

Da sensação de caminhar sobre as nuvens

Sabe, é que há tempos eu te amo

Mesmo há tempos sem te ver e o porquê, a razão desconhece

De vez em quando busco nas gavetas das minhas memórias a tua lembrança

Só para me sentir bem.

Um amor que sobrevive de memória

Memória inventada

Será que neste amor fui eu quem pintei você para sentir-me vívida?

É uma faca de dois gumes

Viver um amor solitário, de realidade pintada

Mas se eu não pintasse das cores que escolhi,

Quais cores teriam? Ou melhor, teriam cores? Quem sabe, cinza 

Cinza, como o concreto

Como a realidade.

Talvez eu goste de pintar como eu queira

Crio meu próprio arco íris nos meus  dias chuvosos

Como nos dias em que a gente se vê entre chuvas e alguns raios de sol 

É como guardo você em minhas memórias 

Um raio de sol que torna os dias coloridos quando a chuva vem.