DINHO EREMITA

Bela e nua


Que sorte a minha!
que te vi — bela e nua.
Já era madrugada,
e você não se escondia.

 

Reluzente, esplandecente,
sobre uma copa,
parecia estar
no crepúsculo a brilhar.

 

Não era glacial
de agosto — uma noite.
Cálice — a contemplar,
na memória, aprisionar.

 

O tempo urge:
cada minuto — eternizar
belo astro,
belo luar.