Poema poesia
Até quando ficaremos nessa briga?!
Por que quando quero não rimas?
Que só decide aparecer por escolha
No momento que quiser
E foge quando pego a folha?
E me deixar fitando o nada por horas!
Em muitos momentos
Estamos frente a frente
Ao fundo a trilha sonora
de um filme de faroeste
O silêncio entre ambos
O olhar mortal
Como estátuas nos encaramos
A mão acima do lápis pairando
Depois de levar me a exaustão
Lança a jogada fatal
Extingue o que restou de neurônios
Dando a sua deixa final
E mais uma vez retorna
Ao ciclo imortal
Acabando com o meu astral
E volto esperando
Ó poema, que me tira do sério!
O porquê gosta de irritar me
Ainda permanece um mistério...
Mas mesmo assim Dependo de você
Por mais que seja uma luta
e de cansaço faz-me sofrer
até que é produtiva nossa disputa
mesmo que demore para escrever
e a rima fique travada
estarei sempre ansiosa
pela próxima batalha.
(Lane Félix)