Antonio Olivio

Guardiã

Guardiã 


As vezes as tardes, parecem alucinadas
E as sombras podem  ser assustadoras 
E trazem experiências  renovadoras 
O alaranjado no horizonte , foi feito para nunca sair da memória 
A beleza que passou serve também para
mantermos a esperança

A noite joga uma luz quase esvaida nos nossos medos
Ela nos quer  reflexivos

A noite é a Onça que guarda a felicidade de amanhã


Rosna e uiva na madrugada a nos manter a salvo dos monstros
Nos submerge em sonhos e apazigua a nossa alma cansada
Chora a nossa tristeza ali em pé à beira da nossa cama
Ela sabe de nós ainda o que não sabemos de nós
Ela enlaça as patas  em nossas mãos
e nos arrasta da desilusão
Ela beija a nossa face com  lábios  emprestados de Deus
Ela entende a fadiga e pulsa nos intervalos das batidas do nosso coração

 

A noite  prepara a terra em nós e planta em nós a esperança do dia 

E cuida para nascer em nós o dia

E espera para  colher em nós o dia 

Ate que venha


O raio de luz  que estava 
do outro  lado do mundo 
E que por lá morreu 
Alaranjado


Para nascer em nós 
Ensolarado.


Antonio Olívio