Na busca incessante pela metade da laranja,
tão doce e suculenta,
perdemos a graça do limão azedo,
que, em sua acidez, traz risos e encanto.
A vida, essa feira animada,
onde frutas se esbarram,
nos ensina que ser laranja não é regra,
mas, ah, como é divertido ser limão!
Imagine a cena:
um limão vestido de gala,
dançando entre laranjas,
com seu jeito ácido, mas cheio de amor.
Ele sabe que, na salada da vida,
o azedo pode dar o toque especial,
um tempero inesperado,
que deixa a refeição memorável.
Se a laranja se acha perfeita,
redonda e brilhante,
o limão, com seu humor afiado,
sabe que um pouco de limonada
nunca fez mal a ninguém.
Então, antes de procurar sua metade,
celebre o que é ser inteiro,
com todas as nuances, todos os sabores,
porque, no fundo, somos todos frutas
dessa árvore chamada vida,
dando risadas, em uma dança
onde o azedo e o doce se encontram,
e juntos fazem a melhor receita.
E assim, ao invés de um lamento,
abracemos a diversidade do pomar,
pois, quem precisa de metades,
quando podemos ser um banquete
de cores, risos e sabores
inacabados, deliciosos,
e eternamente surpreendentes?