Domingo, silêncio que pesa,
o relógio não apressa.
As horas se arrastam, vazias,
como se o tempo soubesse da dor dos dias.
A manhã vem tímida, sem pressa de acordar,
os raios de sol caem sem vontade de tocar.
O café, fumegante, não tem gosto,
e a casa, vazia, ecoa o meu desgosto.
O sofá me espera, como um velho amigo,
mas não consigo encontrar abrigo.
A música toca, mas não preenche,
meus pensamentos são ondas que se perdem.
O vento bate na janela,
uma lembrança, uma saudade que sutilmente apela.
Mas não há resposta no outro lado,
o domingo é solitário, e eu, quebrado.
A tarde escorrega entre os dedos,
como se o mundo fosse apenas meus medos.
E, ao cair da noite, a lua me observa,
mas o frio da solidão não se dispersa.
Domingo, em sua quietude cruel,
sou só eu e o peso do céu.
3 ago 2025 (13:15)