Quando a saudade me fala
A alma se curva, e cala,
Diante deste momento,;
E esta saudade então
Penetra no coração,
E nos confins do pensamento.
Nos rascunhos do desgosto
Ela então desenha o rosto
Que na vida eu mais amei,
E quando a lembrança me invade
Somente a pintora saudade,
Já sabe o quanto eu chorei.
Saudade, dor que maltrata,
Que machuca, fere e mata,
Corpo, alma e coração
E com sutil pincelada
Desenha na madrugada
O retrato da solidão.
Com maestria inenarrável
E com beleza inefável
A saudade tem desenhado;
Nas páginas do meu pranto
Com o mais sublime encanto ,
Aquele rosto tão amado.