... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol

SEM BENDIZER (soneto)

Dos melancólicos versos me invocaram

Suspiros no pesado coração, ali, imerso

Saudosos pensamentos que explicaram

Toda está dor e pranto cá no meu verso

 

Gemidos que os lamentos orquestraram

Em cada estrofe, e no padecer disperso

Palavras que minhas mágoas soletraram

Em um poetizar com desígnio perverso

 

Foram decepções da falta de interesse

Como se tu, ó pressentir, mo dissesse

Espertando que um dia iria acontecer

 

Mas o amor, oh fado, com sua façanha

E na tua predileção, tem ação estranha

Deixando a minha poética sem bendizer.

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

31 julho, 2025, 13’18” – Araguari, MG

 

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