Artur

T. M.

Num dia cerrado, um breu
Tu és a mais bela flor 
Fazes tremer meu Eu
Com uma doce cor.

Tua beleza é transcendente
Uma impensável dicotomia 
Sagras desde o teu cobreado
Uma união da noite e dia.

Em mim, curiosidade acutilante,
Estranhas-me e eu estranho-me,
Perdido em emoções, no teu semblante,
Quero perder-me mas sabendo-o,
Quero sentir com todo o paladar
Quero fugir, sem me mover,
Quero morrer e renascer.

Um dia sem ti,
É uma flor sem jardim.
Uma estranha, nova emoção 
Percorre todo meu estranho ser.
Não… não fujas…
Eu quero ser o jardim 
Onde essa flor renasce em união.