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Hébron

Nunca me vi

 

Nunca me vi

Talvez seja esse o enigma

Para viver uma digna existência

E expiar uma má experiência

Procurando-me espelho a espelho

Inspirado por tanto desejo

De decifrar-me todo, por inteiro

Meu temor ainda é perene, não  é fugidio

A rebeldia me faz um ser arredio

Ainda careço de um lumiar

De um candeeiro no meu altar

Meu destino é me procurar

É me resgatar, libertar

Libertar-me da escuridão

Tocar meu próprio coração

Repercutir uma canção

Compreender o perdão

Compreender o perdão

Até me encontrar 

Repercutir uma canção

Tocar meu próprio coração 

Até me encontrar

E poder amar e mais amar...

Talvez seja esse o enigma

Nunca me vi