Entre o nascer e o morrer
vivemos, na eterna tentativa do ser:
ser gente, ser vivente,
ser amado, ser que ama,
ser feliz, ser somente.
Na tentativa desenfreada,
desesperada de pertencer,
esquecemos de habitar o instante,
de tocar o agora com os olhos,
de observar os pequenos fragmentos
das horas que,suaves,se esvaem.
Somos, mesmo sem crer,
pertencentes à magia do viver.
Porque viver é uma dança breve,
entre o caos e a luz
e ser, no fundo,
é apenas não desistir.