Na manhã que renasce, o país despertou,
Mas quem esquece o passado, jamais superou
Entre risos tímidos o amor cintilou,
E o gigante, fardado, em silêncio chorou.
O passado se escondeu sob o véu do pavor,
Silenciaram as rosas, utilizando o odor .
Nos quartéis e nas ruas, reinava o terror,
Mas a noite se foi - levou parte da dor.
Vive pela pátria, mas preserve a tua vida,
Caminha nas ruas, com alma contida.
Há idosos que guardam, em pele sofrida,
O grito silente da história esquecida.
De: Léo Diniz