Carlos Lucena

FINITO

FINITO


Tudo morre pra nascer depois 
Tudo é finito
Tudo passa
Tudo é um instante
Nada, nem a vida, nem o amor 
Nada é constante.
A doçura de agora
Tem hora
Tem pressa
Porque tudo vira nuvem 
A navegar no vento
Que explode 
Na brevidade de um momento.
Não há horas sobrando 
O que há é o vento passando 
Que depois se transforma em brisa
E nem avisa
Que tudo é assim
Princípio meio e fim.