Juro que tento, de todo meu ser,
Te ver apenas, como alguém a acolher.
Mas há sentimentos que queimam demais,
E como o fogo… não se dominam jamais.
Nunca fui água, fui sempre o ar,
E por isso o que arde em mim, sabe incendiar.
Não sei ser brando, não sei conter,
O que em meu peito insiste em viver.
Você diz “boa noite” com tanta leveza,
Um “bjo, até amanhã”, com simples certeza.
Mas em mim há uma vontade que quase me rompe:
Te desejar o mundo, a calma, um horizonte.
Queria te dar o melhor dos abraços,
Beijar teu silêncio, desfazer teus cansaços.
E terminar dizendo, sem medo algum:
EU TE AMO, de um jeito nenhum.
Mas não posso, amor, não posso assim,
Não da forma que grita aqui dentro de mim.
Então me despeço com a fala contida,
E guardo o amor... pra dentro da vida.
E depois que o \"tchau\" se esconde na tela,
Eu digo em voz alta, na noite mais bela:
Te amo, baixinho, pro escuro escutar,
Na esperança que o pensamento vá te abraçar.