... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol

CABELOS BRANCOS (soneto)

Já, cabelos brancos me são notórios

Cobrem as frontes tão inteiramente

Total. E embuçá-los, feitos ilusórios

Então, deixo-os assim, conducente

 

Cabelos brancos, ah, insatisfatórios

Sejamos francos, pouco atraente

Cheios de espantos, merencórios

Quando os percebi, me vi silente

 

O andamento com os seus paralelos

A tal surpresa ingênua da mudança

Pois, flavo realçava os meus cabelos

 

Agora, o outrora tornou lembrança

E no espanto, branquejados vê-los

Conferi que a vida tem ordenança.

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

27 julho, 2025, 14’37” – Araguari, MG

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol - poeta do cerrado