ainda dói,
mas ninguém vê.
sorriu-se por fora,
mas por dentro... ainda chove.
não tem mais mensagem,
não tem mais foto,
mas tem aquele espaço —
vazio, mas cheio de lembrança.
os dias passam,
os outros acham que passou.
só eu sei das noites em que o silêncio
me chama pelo seu nome.
às vezes acho que já te deixei,
mas aí vem o cheiro,
a música,
ou só o jeito como o vento bate na janela,
e eu me desfaço outra vez.
não quero voltar,
mas também não sei ir de vez.
ainda dói —
quieto, fundo, lento.
como quem ama
e aprende a esquecer
devagar.
26 jul 2025 (11:19)