Eu me vesti de saudade e confesso
Ser ela a mais fiel das companheiras,
De todas, a amiga verdadeira,
Lamento e inspiração destes meus versos!
A estrada posta aos pés, o meu destino,
Trouxe-me pedras nas quais tropecei,
Caí as vezes, mas me levantei,
Loucuras fiz quase perdendo o tino!
Hoje, aquietado já o coração,
Não viver, aprendeu, só de ilusão
São mais sensatas as suas loucuras,
E vendo-me vestida de saudade,
Resignado espera a eternidade,
Pra que essas dores todas tenham cura!
Edla Marinho
21/03/2016