Não te apegues à minha tristeza,
ela não te pertence,
ela veio de outros invernos
que tu nem presenciaste.
Não olhes pra mim com pena,
nem com essa ternura ferida —
o que me dói, me ensina.
E às vezes, só precisa do silêncio.
Não deixes que meu escuro
apague teu sol da manhã.
Vai — dança, ri, vive,
como se nunca tivesses me visto chorar.
Porque o amor também é isso:
não cobrar alegria,
mas libertar-se da culpa
quando ela decide não vir.
Leva contigo só o que for leve,
minhas melhores risadas,
aquele abraço onde a gente nem se encontrou
sem precisar dizer nada.
E se um dia eu voltar a sorrir,
saberás que deixaste uma bela flor
num lugar que só tinha pedra.
25 jul 2025 (13:41)