Te olho e vejo abrigo,
um lar que não é meu — mas eu sigo.
Teu riso acende o que há de bom,
mesmo quando o mundo diz: \"não\"
Dizes que amar assim é pecado,
mas pecado, talvez, seja o recado
de um corpo que clama calado,
por um toque, um suspiro, um agrado.
O amor — ah, o amor — não tem algema,
não cabe em contrato, nem em esquema.
Ele vem feito incêndio em lençol,
sem juízo, sem pressa, sem sol.
Se te dou prazer, não é traição,
é só o destino em contramão.
E se teu corpo vier pra mim,
teu coração… talvez diga sim.