Tem dias que nascem com cheiro de abraço,
com o sol mais dourado, o tempo mais manso.
A gente acorda sentindo um pedaço
de sonho ainda vivo, feito um remanso.
São dias que guardam silêncio e canção,
café com saudade, lembrança no pão.
Um riso que escapa sem ter explicação,
um toque no peito, discreta emoção.
Pode ser um aniversário, um reencontro,
uma notícia boa chegando sem pronto.
Ou só aquele instante que a alma agradece
por nada de grande — mas tudo acontece.
A verdade é que o que faz um dia especial
não são os fogos, nem festa formal.
É quem tá com a gente, é quem a gente é,
são olhos brilhando por detrás da fé.
Então, que venham mais dias assim,
com gosto de vida, começo e fim.
E que a gente se lembre, mesmo no caos,
que dias especiais são feitos de nós —
não de vendavais.
22 jul 2025 (15:31)