A vida é trato de múltiplas despedidas.
Uma dor de imensa estética
que deixa para trás o presente
das inúmeras belezas
dos instantes de amor
que se manifestam em nossa fronte.
Olhos bem treinados
conseguem ouvir com o corpo
o que se inscreve
nas entrelinhas da vida.
O amado,
ao natural do coloquial e cotidiano.
Raios que aquecem,
faces que beijamos,
imagens e cheiros
que nos atravessam
como flecha
que fere
mas traz vida.
Viver não é plácido.
Quem dera,
ou não.