Desde pequena, e olha que isso já se passaram bastante tempo, aprendi com minha velha e generosa mãe, Dona Preta, a respeitar tudo que tem vida na terra, principalmente as plantinhas e os animais. Tudo que Deus construiu, teve o propósito de nos ensinar ao vivo e a cores, o valor da Vida. Assim, sigo minhas experiências terrenas, observando cada detalhe desta Construção Divina.
Ando tentando fazer bom plantio, selecionando boas sementes para ter colheita abundante, como ela me ensinou, e tais sementes chamo de \"boas atitudes\", que em solo fértil, precisam ser regadas com amor e paciência, mas confesso que estou encontrando muita dificuldade. Com os olhos arregalados, observo a ignorância humana, e como ser humano que sou, sinto vontade de morder a orelha e latir como um cão bravo, quando escuto ou vejo alguém judiando de um animal. Da uma vontade danada de deixar meus instintos felinos vir a tona!
Já tive muitas histórias de animais que fizeram parte dos meus dias aqui neste planeta, a cadelinhaTica Bernardes, uma basset arlequim, foi uma experiências encantadora que tive. Ganhei ela filhotinha ainda, presente de aniversário. Onde eu ia, ali ela estava. Minha companheira inseparável para entrar na mata, nos rios, em caminhos perigosos do cerrado, beiradas de córregos...enfim, onde a mulher bicho do mato ia com sua câmera fotográfica, ela estava na frente. Sabia até fazer pose quando os clicks eram direcionados pra ela. Era uma excelente nadadora e gostava de retirar folhas e galhos secos de dentro da represa, onde praticava disputar alimentos com os peixes. Uma verdadeira ajudante para conservar as águas limpas. Em setembro faz três anos que minha bichinha morreu, num acidente lamentável, justamente para ficar perto de mim.
Sei que animais tem alma, por isso continuo nesta tarefa de continuar ajudando eles. Assim, onde minha mocinha negra com vários fios de prata no seu pequeno corpo estiver, estará se lembrando de nossas aventuras. Agora tenho minha Cissa Bernardes, peguei na rua muito magrinha e ferida. Hoje é meu outro anjinho da guarda, só que seus pelos são da cor do ouro.
É isso, queria registrar e guardar as minhas histórias vividas com os meus tesouros de quatro patas. A próxima conto do cavalo branco Marengo, o cão Brutão e a Onça Pintada