Respire fundo —
deixe o ar inundar seu peito
como um rio que abraça a margem.
Presenteie-se com a pausa:
do lado de fora, o mundo gira,
mas dentro,
um universo repousa,
sussurrando caminhos antigos
que só o silêncio revela.
Aceite-se inteiro,
pele e essência,
sem máscaras,
sem receio do brilho raro
que só a liberdade acende.
Busque harmonia nos detalhes:
o acaso de um sorriso,
o refúgio de um abraço,
a simplicidade de existir
entre o nascer e o pôr do instante.
A paz não é chegada —
é caminho,
é passo,
é suspiro.
Encontre sentido no agora,
onde pulsa o que te move,
onde o corpo dança
ao som do próprio coração.
Seja sábio em tuas escolhas:
como o sol, que conhece a hora do adeus,
ou a lua, que entende a beleza do recomeço —
há tempo para tudo,
e cada coisa floresce a seu tempo.
Deixa a gentileza espalhar-se
como sementes ao vento,
e um jardim de quietude
nascerá ao redor.
A serenidade do viver
é coragem de ser inteiro
em meio ao turbilhão —
arte rara,
presença viva
no tumulto do mundo.