Carlos Lucena

TETRICIDADE

TETRICIDADE

O mundo em cambalhotas
E o relógio nervoso
No sentido anti horário
Pulsa inquieto.
As horas longas
Parecem parar em um ângulo nulo.
As pessoas incrédulas
Estarrecidas
Feito múmias frias
Parecem que que perderam o tempo.
Os olhares se afundam e não miram mais o sol
Que também esfriou
E guardou seu calor em uma geladeira vazia.
Os corações nevados
Perderam o pulso
E suas alma cítricas
Já nem lamentam mais
A ausência da doçura.
Todos são apenas corpos
Limitados que divagam
Na procura do que não mais procuram.
Pobres corpos
Tristes vidas
Penadas almas!