Sempre que paro
Volto o olhar para trás
Por qual razão isso se faz?
Ora, assim eu reparo
A travessia nesse espaço
Tropecei inumeráveis vezes
Seja em distrações
Ou nos meus quereres
Por vezes em tentações
Ora fui conciso,
Ora hipócrita
Mas qual o resumo da ópera?
Que sou esquisito
Sou indeciso
Mas às vezes, preciso:
Determinado e objetivo
Outras, prolixo
E por isso
Incorro em ambiguidade,
Tristeza e felicidade
Prazeres e sacrifício
Meu ser é uma bagunça
Poucos a arrumam
A vasculham e a entendem
Pois são raros os olhos
Que a decifram em detalhe
É assim que vejo
E mudança não desejo
Meu mundo não é um recreio
Tampouco um turismo
É uma biblioteca
E isso não é eufemismo
É uma discoteca
Cada livro é uma porcentagem,
Uma história
Minha que fica com você
Durante toda essa viagem
Para que possa perceber
E me compreender enfim
Cada música é um sentimento
Navega entre a solidão e o tormento
Suaviza no amor
Remexe na saudade
para na compaixão e adormece
Venha ao meu mundo
Garanto boa companhia
E poesia
Uma estadia eterna
Seja em amizade ou amor
Estou à sua espera