Gabriel Oliveira

Onde Me perco, Me acho

Sempre que paro

Volto o olhar para trás

Por qual razão isso se faz?

Ora, assim eu reparo

A travessia nesse espaço

 

Tropecei inumeráveis vezes

Seja em distrações 

Ou nos meus quereres 

Por vezes em tentações

 

Ora fui conciso,

Ora hipócrita

Mas qual o resumo da ópera?

Que sou esquisito

 

Sou indeciso

Mas  às vezes, preciso:

Determinado e objetivo

Outras, prolixo

 

E por isso

Incorro em ambiguidade,

Tristeza e felicidade

Prazeres e sacrifício 

 

Meu ser é uma bagunça

Poucos a arrumam

A vasculham e a entendem

Pois são raros os olhos

Que a decifram em detalhe

 

É assim que vejo

E mudança não desejo

Meu mundo não é um recreio

Tampouco um turismo

É uma biblioteca

E isso não é eufemismo

É uma discoteca

 

Cada livro é uma porcentagem,

Uma história 

Minha que fica com você

Durante toda essa viagem

Para que possa perceber

E me compreender enfim

 

Cada música é um sentimento

Navega entre a solidão e o tormento

Suaviza no amor

Remexe na saudade

para na compaixão e adormece

 

Venha ao meu mundo

Garanto boa companhia

E poesia

Uma estadia eterna

Seja em amizade ou amor

Estou à sua espera