é ela.
cada vez mais, cada vez mais.
é o nome que ecoa no silêncio depois que o gozo passa.
é o rosto que minha memória repete feito vício.
é a certeza que não me abandona nem quando tudo o resto me deixa.
me dá um tipo de sede
que só ela mata.
mas mata aos poucos.
com beijo, com raiva, com riso.
com sumiço e retorno.
sou um homem
sem religião,
mas com fé demais no corpo dela.
ela me faz esperar,
e eu, que nunca fui de esperar porra nenhuma;
espero.
como um bêbado fiel
à próxima dose.
à próxima briga.
ao próximo abraço
que me joga de volta pra casa.
e se não for ela,
então fodeu.
porque o resto
não me serve mais.