Hébron

Vaso do oleiro

 

O som melodioso da chuva
Dessa chuva que há muito não caía
É água que lava, é pranto sem sal
Fazendo lama, lamaçal

 

Fazendo barro de moldar em olaria
Retornando do pó, vaso do oleiro
Fazendo no barro vida, criação
Milagre, benção divina do obreiro

 

Ao Deus que estende a mão
Peço, ao cuidadoso pai amado
Peço, renova-me num novo vaso

 

Pois me fiz em mil pedaços
Após a desídia dos passos
Fluindo minha essência turva