Eu parti e voltei tantas vezes
Que hoje guardo no bolso
a habilidade de sentir pouco
Ou apenas o suficiente
pra dizer que senti.
Eu parti e voltei tantas vezes
Que fiquei dependente
das idas e vindas.
Sufoco-me com a rotina
da permanência.
Eu parti e voltei tantas vezes
Que o vento se tornou minha trilha,
Acolhe-me, sem desejar mais
as boas-vindas.
Tenho dó dos demais
Que ainda choram na minha partida
Logo eu,
Colecionador de despedidas.