... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol

DESLEMBRAR (soneto)

Quando no verso deixar-te silenciado

Para habitar, por fim, a sensação fria

Em que nada mais no peito é agonia

Te peço que fique inerte no passado

 

Não mais quero o versar com poesia

Qual o rimar tinha sentido apaixonado

E o carinho tão latente e tão amelado

Ah, quero os versos sem essa profecia

 

Depois que te poetizar este apartado

A inspiração não mais terá saudade

E o cântico no sentimento será calado

 

A versificação terá então outra emoção

Em cada verso um reverso de liberdade

E o deslembrar o novo tom do coração.

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

14 julho 2025, 17’48” – Araguari, MG

 

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