Francisco Claudio da Costa Claudio

POEMA: BACIA DO RIO AMAZONAS

? Poema: Bacia do Rio Amazonas

(Claudio Gia, Macau RN, 13/07/2025)

No sopro sagrado dos Andes, nasce a vida,
De um pico gelado, a água se despede,
Deus e Jesus Cristo sorriem na partida,
Pois cada gota de amor ao Amazonas cede.

No Peru, a terra vibra com canto e cor,
Os povos indígenas, com penas e tambores,
Celebram o rio com respeito e louvor,
Sabem que nas águas vivem ancestrais amores.

O Amazonas serpenteia, gigante a se doar,
Corre por vales, matas, corações a alimentar,
Sua bacia abraça o mundo sem cansar,
Sete milhões de quilômetros para a Terra abençoar.

No Brasil, Solimões se encontra ao Negro,
Em Manaus, dançam juntos como irmãos,
Deus traçou este leito sem erro,
E Jesus o protege com suas santas mãos.

São mais de mil rios que se unem nesta dança,
Madeira, Purus, Tapajós em aliança,
A cada afluente, uma nova esperança,
A cada nascente, a vida tem bonança.

O rio despeja sua força no mar sem medo,
Espalhando água doce em azul sem segredo,
Na foz, 300 km de abraço tão cedo,
Amazonas, sagrado, em seu leito sem degredo.

Quando a cheia vem, a floresta respira,
Os peixes e os povos celebram a lida,
O boto salta, a arara gira,
Na bacia, a Amazônia é pura vida.

Este rio é de Deus, é de Cristo, é de todos,
Dos índios do Peru aos caboclos do Pará,
É bênção que escorre em límpidos modos,
Na bacia do Amazonas, o amor sempre há.