Abel Ribeiro

Ponto de Chegada

PONTO DE CHEGADA

Por Abel Ribeiro

Apertem os cintos, o velho mundo entrou em crise, começou a ruir.

O sistema da mercadoria pariu uma nova situação. O deus mercado parou!

Apertem as máscaras, é hora de pensar em sobreviver. Não vale a pena sofrer pela empresa se você pode morrer.

Aperte o bolso trabalhador, a força do seu trabalho é quem produz a riqueza. A máquina do sistema estacionou, pare!

A coragem não pode dar espaço ao medo, o patrão não pode tirar seu direito viver.

Amigo, irmão, pai, mãe, mulher, marido, tio... a ampliação do lucro não vale mais do que sua vida.

De novo, a crise bateu no osso seu moço e o Estado, ahhh tão vilipendiado pelo neoliberalismo tem que bancar a conta.

Aperte o cinto, a velocidade do vírus é letal, faz mal, é brutal e mortal.

 

Disso tudo, uma conclusão: a produção não parou pela greve

Parou por uma pandemia

Agora, sair de casa ninguém se atreve.

Até mesmo a burguesia

 

Sim! É preciso abrir o coração de esperança

A tempestade é sóbria

E como dizia Einstein: “é na crise que se aflora o melhor de cada um”

“Sem crise todo vento é uma carícia”

Levantar a cabeça e retomar a vida

Reinventando princípio da luta contra a ferida

Só quando há crise.