O ritmo cresce, súbito, faminto,
teus quadris recebem cada investida.
O véu sobre teus olhos se agita,
como bandeira rendida ao vento.
Minhas mãos firmam tua cintura,
minha boca murmura teu nome.
O som da tua voz em desatino,
é hino que embriaga minha alma.
O prazer se acende em espasmos quentes,
teus gemidos soam como sinos da vitória.
Num último vaivém, teu corpo explode,
vibrando inteiro em sua história.
Quando desabamos no abismo calmo,
ainda cegos, ainda ardendo,
sei que teu corpo é minha morada,
e teu prazer, meu eterno argumento.