\"E depois, e depois?\" (Charles Baudelaire)
Insípidos
São todos os dias necessários
Em conferir o calendário
Para ver o sol surgir
Fúlgido, tépido, rápido
Contentando-se com o calor
O sabor da proximidade
Sem a necessidade de possuir
E ainda é bom assim
Contam-se os dias
Em estações regulares
De frio e abandono sem fim
Atrás das nuvens
Esconde seu cotidiano e rosto
Véu fosco
Sente-lhe o gosto
Diáfano à luz da imaginação
Pois está lá, mas aonde?
A gravidade é a atração
O ruído do vento responde
Verão ou não verão...