Me arrasto por aí, entre tempestades, nessas noites
entre enganos, acabrunhado, resignado, me perco.
Meu sossego é feito de pequenos gestos,
no desalinho das minhas tristezas, há cansaço.
Me recolho á minha casa, com minhas emoções.
Há um silêncio sem forma, passando por mim...
Muitos desalentos me alimentam, me impacientam!
Aquelas angústias antigas extravasam nesse quarto.
Anoitece!
Fez-se, de repente, um abismo e meus pensamentos vagam.
Fez-se, desatinos nessa escuridão e solidão constante.
Ainda que navegue por mares tormentosos, escuto o vento.
Vento que se alinha com a noite escura, úmida, disforme...
Há em mim a ilusão da sua chegada sorridente, absorvente.
Há em mim impaciência e esse vento flutuando incerto...
No desalinho triste das minhas emoções, há esperança!