Você é poesia.
E eu, um pseudo poeta distraído,
que insiste em te escrever todos os dias,
mesmo sem papel,
mesmo sem resposta.
Lembro do seu primeiro sorriso.
Tão claro, tão sol.
E não tinha nada a ver comigo. Era você,
simplesmente você,
do jeito mais bonito que alguém pode ser.
Te admirei em silêncio.
De longe.
Transformei ausência em versos,
o vazio em canção.
O nada que antes existia entre nós
virou arte nas minhas mãos.
Talvez seja isso que um artista faça:
tira inspiração de onde o mundo não vê.
E eu, daqui de longe,
eu começo pelo seu coração.