AO GÁS - III
Novas luzes iluminam
Iluminam os pobres na rua
E iluminam aqueles que estão na sua
Já não apedrejam, mas também não os ajudam.
Espalhou-se a religião
São todos diferentes
Para uns somos todos parentes
Espalhou-se pela região.
Seguem regras antigas
Modificadas em anos
Histórias passadas passadas por panos
Tudo para serem chamadas de amigas.
Ainda existem quentes
Pães saem do forno
Do outro lado um adorno
Um vendedor de coisas irrelevantes.
Um pequeno delinquente
Mata, rouba e trafica
Solto fica
Que justiça elegante!
E tão elegante quanto a Lua
O romance parece uma viagem...
Mas tudo acaba com uma mensagem
Não mais em um encontro na rua...
Querem vender a marca, não a ideia
Os ricos desconfiam
Os pobres atiçam
A eles mentem porque precisam de plateia.
Ostentam a luxúria,
Mas são pobres de alma
Pobres de calma
Apenas seguem o líder da cúria!
Os tecidos usados vem agora dos correios
São do estrangeiro, já é normal
Esquecermos do tradicional
Preferimos os alheios.
A luz apagou, uma voz apregoa
Uma maior escuridão avassaladora
Olham com a vista mais destruidora
Tudo isso mais me amargoa!
Um idoso deitado no chão
Estava desgraçado assim
\"«Dó da miséria!... Compaixão de mim!...»\"
Gritava ele, aquilo vindo do coração...