O planeta gira,
o sol queima a pele,
ouço os sons do costume,
faço o que sempre fiz.
Tem que ser mentira,
o meu peito é infiel.
Como pode haver costume,
se a alegria morreu tão gris?
Hoje o mundo mudou,
num adeus nunca falado.
Amanhã, tudo voltou,
mas o silêncio ficou gravado,
quem parte leva,
quem fica, leva o passado.