Te reencontrei sem buscar, como se o destino tivesse deixado cair teu nome
num sussurro do tempo, e ele tivesse ecoado dentro de mim.
Te vi… e foi como um reencontro.
Porque teus olhos não são só olhos,
são portais e eu mergulhei neles
como quem já conhecia o caminho.
Entre nós, não foi só pele.
Foi pele, sim… mas foi também arrepio antes do toque, foi silêncio que dizia mais que palavras, foi um fogo que queimava sem pressa, que ardia com a ternura de quem acende uma vela, ao mesmo tempo queima como um incêndio.
Te desejei com a fome do corpo,
mas te quis com a calma da alma.
Te toquei como se tu fosses música
e meus dedos soubessem tocar cada nota tua sem desafinar.
Porque tu és linda, e disso o mundo já sabe.
Homens? Ah, fariam qualquer loucura por uma noite tua, mas eu…eu quero te entregar o que eles nunca pensaram em oferecer:
Paz.
Amor.
Poesia.
Quero te dar um pouco do meu tempo,
não só os minutos entre lençóis,
mas os olhares que te admiram até quando tu vira o rosto.
Quero que teu corpo goze, sim,
mas que tua alma respire, aliviada por finalmente ser vista.
Quero que tu descubra o que é ser tocada
não só onde todos tocam, mas onde ninguém ousou chegar, teus sonhos, tuas dúvidas, tuas feridas, teus silêncios.
Serei tua fome, tua sede, teu veneno e teu remédio.
Serei o calor que derrete tuas defesas,
mas também o abrigo quando o mundo dos teus pesar é insistir em rolar em sua face.
Porque tu és mais do que um corpo,
e eu… sou mais do que um lobo faminto.
Sou o que vem depois da pressa,
o que fica quando tudo já foi embora.
Sou a chama que não queima, aquece.
E no meio desse nosso encontro de almas, te dou o que nunca te deram:
a certeza de que és amada
por tudo o que és, e não apenas por tudo o que os olhos podem ver.
Hoje, te ofereço um pedaço da minha alma, não para te prender, mas pra te lembrar que o amor…
o verdadeiro…
não te toma.
Te escolhe.
E permanece.
E te permite ser livre.
Por seu Freddie Seixas, o porta voz do amor!