AINDA UMA VEZ
Novamente a te escrever, Musa eterna,
Numa impulsão voraz de minha mente!
Sem conter emoções mi!alma externa,
A paixão que lhe habita persistente!
Tu és uma atração onipresente
Que eu sinto no ar que a vida externa!
Quando vens ligeira, de repente,
Aquece-me a alma em tépida lucerna!
E quando vais assim qual mudo vento,
Meu coração que é lôbrego tormento,
Torna-se vendaval de verso e prosa!
Por isso em meu jardim és flor de sonho,
Que inda uma vez colher eu me proponho,
Qual cravo apaixonado pela rosa!
Nelson De Medeiros