A partir das minhas lentes,
você tem movimento.
Tiro um retrato da sua malícia desentoada.
A valsa dos seus passos
são as batidas do meu coração.
E na superexposição da imagem,
eu retifico:
você poderia me amar,
se eu não fosse deformado.
Então vamos fingir
que meu rosto é essa câmera,
e que os cliques
são meus olhos gravando você.
Vamos fingir
que eu estou filmando o nosso encontro,
e a Lua
está trazendo a conta do jantar.