Estou perdida
Em cada linha incompreendida
Tentando entender a arte da vida
Nesse mar de poesia
Onde danço na maresia
Estou mergulhada em melancolia
Em estrofes não lidas
E que estão sentidas
Pois pelo tempo foram esquecidas
Por isso nesse caminhar
Beijei os céus para lhes perguntar
Como ainda respiro nesse lar
Que agora é apenas um lugar
Contínuo a velejar
Vendo o tempo passar
Querendo me cortar em partes
Ou viajar para Marte
A vida imitou a arte
Ao fazer seus traços
Seu material é o aço
Feito no espaço
Em um terno abraço
Mantido por um laço
Não de sangue mas de um esboço
De um amor feito no cansaço
Forjado por um moço
Que se perdeu no fundo do poço
Talvez fique incompreendido,mas crie seu sentido.