Se nasceu
veio
De algo absoluto
Iluminado
Irrompeu
O himem
Misterioso
Da vida
Se Nasceu
Teve dor
A dor
De nascer
Se viveu
Teve que abrir
Os olhos
Andar
Correr
Colher o néctar
Da flor do dia
Descansar
Nas horas noturnas
Ver o mundo
Sem véu
O amor
O ódio
E o pior talvez
A terribilidade
De não aprender
Nada
Se viveu
Teve dor
A dor
De viver
Se morreu
Teve que nascer
Teve que viver
Trouxe o absoluto
Para esta frágil
Realidade
Iluminou
De esperança
A escuridão
Dos homens
Compartilhou-se
Em outros
Seres
Em bocas
Dizeres
Se não aprendeu
Grunhiu
Existência
Se morreu
Teve dor
A dor
De morrer
Antonio Olivio