Alma Perdida

Ser

Cidade sem nome, sem localização.

Uma ponte sem rio, casa sem chão. 

A floresta que cria essa cortina de arbor.

Esconde um jardim de flores sem cor.

 

As sementes que caem neste solo infértil.

Brotam e refletem esse espaço débil.

Deixo para trás passos sem dono.

Igual uma cama quando não se tem sono.

 

Minha sombra é um eco de farol.

A qual despenca deste céu sem sol.

Igual um desenho todo rabiscado.

E um relógio correndo do tempo atrasado.

 

É um espetáculo de se ver.

Ser incapaz de ser.