Tu que és feliz e que amas esta vida,
Bem muito além das vãs banalidades…
Transformas mesmo a mais funda ferida,
Em versos de ardentíssimas saudades!…
E a fruta que é por tua mão, colhida!
Colheu dos olhos teus, as Claridades!
Das quais minh’alma tola é desprovida,
Mas acha em tua luz, tantas verdades,
Tanto saber de fonte inesgotável
Que sobra à minha alma sem astúcia
Farturas desta imensa Fé sonhável…
E Deus, que fez tua Alma de pelúcia,
Nos deu, hoje um presente inestimável,
Tua vida e os versos teus, Maria Lucia!...
(Queiroz Filho)