Não possuo grandes conquistas
Nem marquei meu nome em muitas histórias.
Caminhei, sem perspectivas e nada otimista
Amparada em felicidades provisórias.
O que me falta, as vezes é coragem:
Erguer a cabeça e olhar o medo com desdém,
E permanecer tranquila, colocando na bagagem
Coisas maiores do que somente as que me convém.
Esquecer o ego e a vaidade
E me apoiar na memória que ficou.
Encontrar sentido no que é de verdade
No que não posso ver, mas que um dia me tocou.
É discreta e insistente a luz que ilumina
E resiste ao tempo, mesmo sem entender
Que uma singela chama de fé, escondida
É suficiente para quem quer crer.
Que existe um caminho, mesmo sem trilha,
Que atrás das nuvens existe um sol, mesmo sem calor.
Que a esperança é tão leve e tranquila,
E se apresenta todos os dias, vestida de amor.