Me ajoelho diante da tua fome velada,
o aroma da tua flor invade meu peito.
A língua explora a maciez orvalhada,
desenha círculos na carne que implora.
Teus quadris tremem, tão entregues,
a venda cobre teus olhos — e te acende.
Minhas mãos te mantêm cativa,
enquanto bebo teus gemidos mais fundos.
O sabor de ti é mel e vertigem,
tua flor se abre, pulsando na boca.
Cada lamber é um suspiro partido,
cada estremecer, um convite sem volta.
Quando minha língua te encontra no centro,
teus gemidos viram súplica, rendição.
E sinto tua pele, teu sal, teu abismo,
me chamando a perder toda razão.