Hébron

À Espera da Aurora

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Há muitos e tantos caminhos
E há tantas e muitas descrenças 
Nas letras dos pergaminhos
Guardando  sagrados mistérios 

 

Retalhos e os descaminhos
E o gosto insosso de indiferença 
Engana-se num andar sozinho
Entregando-se a falsos critérios 

 

Por detalhes mais comezinhos
Pastoreiam-se as consciências
Enquanto dobram-se os sinos
Mercadores e seus ministérios 

 

Dessas jornadas e dos destinos
Das discórdias e das avenças
Deste tempo, imaturo menino
Rumo à lápide e aos cemitérios 

 

Há chegadas e também segredos
Passos de vida, trilhas da morte
Sinais, enigmas, há fé e há sorte 
As várias partidas e há degredos

 

Deste universo que se ignora
Precipitam-se tantas perguntas
Exsurgem-se poucas respostas E se insistem lacunas profundas 
A Providência segue a proposta:
É inexorável e é certa a aurora

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